sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Estrutura: básico


1. Vigas

Uma viga é um elemento estrutural das edificações podendo ser de madeira, ferro ou concreto armado. É responsável pela sustentação das lajes. A viga transfere o peso das lajes e dos demais elementos (paredes, portas, etc.) para as colunas.
  • Viga em balanço: ou em console: é uma viga de edificação com um só apoio. Toda a carga recebida é transmida a um único ponto de fixação.
  • Viga biapoiada: ou simplesmente apoiada: diz-se das vigas com dois apoios, que podem ser simples e/ou engastados, gerando-se vigas do tipo simplesmente apoiadas, vigas com apoio simples e engaste, vigas biengastadas.
  • Viga continua: diz-se da viga com múltiplos apoios.
  • Viga Baldrame: são as vigas que ficam normalmente um pouco abaixo do nível do solo. Nos baldrames, amarram entre si o topo das estacas ou brocas com as armações de ancoragem e as bases dos pilares. A viga baldrame pode ser considerada a própria fundação. No caso de terrenos firmes e cargas pequenas, pode-se utilizar este tipo de fundação rasa e bem econômica que, nada mais é do que uma viga, calculada como viga sobre base elástica e construída em uma escavação com pouca profundidade, destinada a suportar a carga de todas as paredes de uma construção, transferindo-a as brocas e estacas e ao solo. As vigas baldrame, são utilizadas em fundações que requerem pouca profundidade. Recomenda-se que as cargas a serem suportadas pelas vigas sejam pequenas, toda viga baldrame deve ser devidamente dimensionada para a devida carga que será suportada. Seu uso traz economia à obra e auxilia a distribuição do peso de lajes e paredes para ao solo. Caso necessite de uma fundação mais profunda, use a viga baldrame com blocos de fundação. Em dias de chuva, o indicado é suspender a obra, pois é impossível fazer um bom trabalho de fundação com o terreno molhado.




Tipos de vigas:
As edificações basicamente apresentam três tipos de vigas, que diferem na forma como são ligados aos seus apoios. Portanto, classificam-se em:
As viga feitas em concreto armado, são dimensionadas de forma que apenas a sua ferragem longitudinal resista aos esforços de tração, não sendo levado em conta a resistência a tração do concreto, por esta ser muito baixa. As vigas de concreto armado recebem ferragens secundárias distribuídas transversalmente ao longo da sua seção, denominadas estribos. Possuem a finalidade de levar até os apoios as forças cisalhantes.
Ao dimensionar vigas de concreto que são fundidas com a laje, a compressão pode levar em conta parte da laje junto à viga, ajudando a reduzir a quantidade de ferragem para resistir aos esforços compressivos.
Em viadutos e pontes as vigas são comumentemente do tipo biapoiadas. Seus apoios são chamados livres. Assim a estrutura pode oscilar em seus apoios, evitando o aparecimendo de trincas e permitindo a estrutura oscilar com o deslocamento das cargas móveis recebidas, sem afetar a sua estabilidade.


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 2. Lajes

A laje é um plano horizontal estrutural que se apoia nas vigas e pilares ou nas paredes estruturais. São usadas para cobrir a casa ou colocadas embaixo do telhado, como forro, para melhorar a sensação térmica e diminuir ruídos. Também se faz uma laje sobre o chão de terra, antes dos pisos em casas térreas e para criar novos níveis em andares superiores. Ela deve ser bem planejada para aguentar o que vier apoiado nela.


Maçiças:

As lajes maciças apresentam muitos benefícios no geral, como a facilidade em vencer vãos, simplificação do canteiro de obras, acabamento liso e menor vulnerabilidade a fissuras e trincas. Veja os 5 tipos abaixo:

Convencionais:
São as mais comuns, apoiadas em vigas. Podem ser armadas em telas soldadas ou aço solto. São geralmente utilizadas em vãos e projetos menores, como em reformas residenciais.
 Convencionais:
Maciças Convencionais:
Utilizadas em grandes vãos, apoiam-se diretamente nos pilares, reduzindo a quantidade de vigas, que podem até ser eliminadas. São armadas com barras de aço solto ou telas soldadas.
Maciças Convencionais:
Maciças Protendidas:
São armadas em estruturas especiais e em grandes obras, que requerem um profissional especializado. Também vencem grandes vãos e apresentam vantagens por reduzirem o peso da construção, número de pilares, vigas e consumo de materiais.
Maciças Protendidas:
Nervuradas Convencionais:
Popularmente chamadas de “caixão perdido”, são formadas por um sistema que associa vigas e lajes. Formas plásticas, de isopor ou concreto celular podem ser usadas como enchimento. Suas nervuras longitudinais e transversais aproveitam a altura das vigas para preencher grandes lacunas e são armadas com telas soldadas.
Nervuradas Convencionais:
Nervuradas Protendidas:​
Requerem mão-de-obra e armadura especializada. São mais bonitas e permitem uma redução da quantidade de pilares, ao mesmo tempo em que suportam um maior peso.
Nervuradas Protendidas:​

Lajes pré-moldadas:


Feitas a partir de placas ou painéis de concreto. Chegam terminadas ou quase-prontas na obra. Disponíveis em 6 variações:



Convencionais:
São trabalhadas em apenas uma única direção e utilizadas em obras de pequeno porte.
Pré-lajes maciças:
Aumentam a produtividade da obra, sendo ideais para projetos com repetições e padrões, como conjuntos habitacionais.
Protendidas:

Armadas em uma única direção, promovem menor volume de concreto e podem ser montadas em grandes vãos.

Protendidas Alveolares:

São usadas em grandes obras, onde a velocidade é importante. Seu transporte deve ser feito por caminhões devido ao grande peso.

Treliçadas:Feitas por pequenas vigas de concreto que contam com uma armadura superior no formato de treliça. São preenchidas por vários materiais, como lajotas cerâmicas e isopor. Podem ser unidirecionais, bidirecionais ou mesmo feitas em painéis ou minipainéis maciços.


Duplo T:
Tem excelente resistência e suportam aproximadamente uma tonelada por m2. Usadas em grandes obras e infraestruturas, como pontes, estações de metrô, estacionamentos, etc.

Duplo T:
Laje Mistas
Laje Mista com forma colaborante: Utilizada em grandes projetos. Dispensa o uso de uma forma convencional, já que emprega uma forma metálica para moldar o concreto. Suas nervuras são unidirecionais e são comumente posicionadas sobre estruturas metálicas, já que suportam grandes cargas.




 3. Pilar

Pilares são elementos estruturais lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes e cuja função principal é receber as ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as fundações. Junto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que na maior parte dos edifícios são os responsáveis por resistir às ações verticais e horizontais e garantir a estabilidade global da estrutura. As ações verticais são transferidas aos pórticos pelas estruturas dos andares, e as ações horizontais decorrentes do vento são levadas aos pórticos pelas paredes externas.  Nas estruturas usuais, compostas por lajes, vigas e pilares, o caminho das cargas começa nas lajes, que delas vão para as vigas e, em seguida, para os pilares, que as conduzem até a fundação. Os pilares são responsáveis por receber as cargas dos andares superiores acumular as reações das vigas em cada andar e conduzir esses esforços até as fundações.



4. Colunas

São elementos dispostos verticalmente, importantíssimos na sustentação, principalmente, das vigas. Historicamente, as colunas assumiram diversas formas, sendo inclusive elemento decorativo, por apresentar ornamentos.
Hoje, elas ganharam formas limpas e, geralmente, ficam “escondidas” junto com as paredes, o que pode levar leigos a se equivocarem em uma reforma, desestruturando uma obra.
Embora tenha a mesma função de um pilar, este é geralmente mais robusto.




5. Pórticos

A ideia apareceu na Grécia antiga e influenciou diversas culturas, incluindo a maioria das ocidentais. O pórtico tem, geralmente, dimensões menores que um portal e são formados por elementos verticais e elementos horizontais, podendo ser os pilares ou as vigas, respectivamente. Existe uma ligação super rígida entre esses meios, fazendo um conjunto em seu trabalho, conhecido como nós do pórtico.

O conjunto de pilares e vigas de um edifício constitui, por exemplo, um pórtico espacial, estrutura responsável pela estabilidade da edificação. As cargas verticais são transmitidas aos pilares pelas vigas. Já esforços horizontais são compensados pelo outro apoio.

Existe  uma grande diversidade de tipos de pórticos, para pequena, média e grandes estruturas. Existem alguns tipos de pórticos no mercado:
  • PÓRTICO SIMPLES DE ALMA CHEIA.
  • PÓRTICO SIMPLES COM VIGAS TIPO TRELIÇADAS
  • PÓRTICOS ROLANTES
  • PÓRTICO COM COLUNA CENTRAL
  • PÓRTICO ATIRANTADO COM PENDURAIS.
  • PÓRTICO EM ARCO.

6. Treliças

Em engenharia de estruturas, uma treliça (do francês treillis) é uma estrutura composta por cinco ou mais unidades triangulares construídas com elementos retos cujas extremidades são ligadas em pontos conhecidos como nós. Forças externas e reacções consideram-se, de forma simplificada, aplicadas nesses mesmos nós. As forças resultantes nos vários elementos das estruturas são de tracção ou compressão devido ao facto de todas as articulações serem tratadas como rotuladas (livre rotação) e pelo facto de, como fora referido, as forças externas e reações serem aplicadas nos nós.
Uma treliça planar/bidimensional é uma estrutura onde todos os membros e os nós se encontram no mesmo plano, enquanto uma treliça espacial/tridimensional tem membros e nós em três dimensões. Ao conjunto de elementos horizontais superiores, dá-se o nome de corda superior, sendo que estes se encontram, normalmente em compressão. Ao conjunto de elementos horizontais inferiores, dá-se o nome de corda inferior, sendo que estes, por seu lado, se encontram em tracção. A treliça é bastante utilizada na construção de barracões e na área de construção civil.
Por extensão, o termo "treliça" também se aplica a hastes de madeira dispostas de forma cruzada que são usadas como decoração ou para fins funcionais em portasjanelasbiomboscaramanchões etc.
Treliça

7. Sapatas


8. Fundação


9. Platibanda

10. Brise

11.





   

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